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Se você notar vazamento de óleo no motor do carro, pare e preste atenção. Mesmo um fio de óleo que escorre lentamente pode causar danos caros. O lubrificante é responsável por reduzir atrito, controlar temperatura e evitar corrosão no bloco. Sem a quantidade certa, peças metálicas trabalham em “contato seco”, aumentam o atrito, geram calor e podem travar.
O vazamento de óleo é um problema comum nas oficinas, mas ainda assim negligenciado por muitos motoristas — às vezes porque o gotejamento é pequeno, às vezes porque o carro continua rodando. Neste guia detalhado, você aprende a identificar o problema, descobre as principais causas e conhece as soluções mais indicadas, com estimativas de custo para resolver sem sustos.
O óleo circula sob pressão por galerias internas, passa por retentores e vedações e retorna ao cárter. Qualquer brecha nesse caminho vira um ponto de fuga. Veja as cinco origens mais frequentes.
O cárter é o “reservatório” de óleo preso à base do motor. Entre ele e o bloco existe uma junta de borracha ou cortiça que sela o contato. Vibração, variações de temperatura e tempo de uso ressecam o material. Quando a junta perde flexibilidade, surgem fissuras e o óleo começa a pingar, normalmente junto com restos de poeira, formando aquela crosta escura.
Na pressa de completar o nível, muita gente aperta a tampa apenas com a mão ou esquece de dar meia volta até o “clique”. A vedação fica frouxa e parte do óleo escapa por respingos ou pela própria pressão do vapor interno. Além disso, a junta de borracha da tampa pode se deformar com o calor.
Eixo de comando, virabrequim e válvulas possuem retentores para impedir a passagem de fluido. Com o tempo, a borracha endurece, perde elasticidade e cria pequenos canais por onde o óleo vaza. Esse tipo de fuga costuma sujar a parte de trás do motor e a correia de acessórios.
Batidas em lombadas ou pedras, principalmente em carros com pouca altura livre, podem trincar alumínio ou ferro fundido do cárter. Blocos de motor sofrem rachaduras em casos extremos, como superaquecimento severo ou uso de aditivos incorretos. Essas fissuras deixam o óleo escorrer rapidamente.
Quando o filtro de óleo entope ou a válvula PCV (respirador do cárter) trava, a pressão interna aumenta. O óleo procura o ponto mais fraco — geralmente a junta, o retentor ou a tampa — e sai. Em motores turbo, o problema se agrava, pois a linha de lubrificação do turbocompressor recebe fluxo extra.
Mesmo quem não entende de mecânica pode notar sinais claros no uso diário.
Identificar o vazamento de óleo do motor é fundamental para evitar problemas futuros.
Se você encontrar óleo no chão depois de estacionar, pegue um papel-toalha e encoste na mancha. O lubrificante tem cor marrom ou avermelhada (se for novo, dourado) e textura escorregadia. Isso difere de água do ar-condicionado, que é incolor. Observe também o tamanho da poça: um vazamento moderado deixa gota da dimensão de uma moeda em poucas horas, enquanto um grave forma poças grandes rapidamente. Use a keyword detectar óleo no chão no checklist da sua rotina de inspeção.
Quando o óleo cai sobre partes quentes, como coletor de escape, cria cheiro de queimado e às vezes uma fumaça azulada. Abra o capô com cuidado e procure regiões molhadas nos cantos do motor. Se houver faíscas na parte elétrica, o óleo pode até pegar fogo, por isso agir cedo evita riscos maiores.
O símbolo do bujão de óleo acende quando a pressão baixa além do seguro. Pare imediatamente em local seguro, espere o motor esfriar e verifique a vareta. Se o nível estiver abaixo da marca mínima, há vazamento ou queima interna. Rodar com pouco óleo acelera desgaste e pode travar o motor em minutos.
Sim, e os motivos vão além da sujeira na garagem.
O óleo cria uma película que evita contato direto entre pistões, mancais e árvores de comando. Sem essa camada, as peças “gripam”, gerando riscados e folgas que reduzem potência e encurtam a vida útil do motor.
Óleo também remove calor. Se há menos fluido, a temperatura sobe, o líquido de arrefecimento trabalha sobrecarregado e o risco de ferver aumenta.
Em situações extremas, a bomba de óleo fica “seca” e para de pressurizar. O motor pode travar em alta velocidade, levando à perda de controle do veículo.
Pingar óleo em vias e estacionamentos contamina solo, lençóis freáticos e mata micro-organismos. Além disso, filmagens de câmeras de trânsito provaram que derrapagens em asfalto molhado de óleo causam colisões de motocicletas.
Diante desses riscos, interrompa o uso e procure reparo imediato.
O primeiro passo é lavar o motor com desengraxante, secar tudo e aplicar pó de talco ou corante UV para rastrear a origem. Oficinas especializadas têm lâmpadas ultravioletas e espelhos articulados que ajudam a visualizar pontos escondidos.
Reparos simples levam de 1 a 3 horas. Troca de retentor traseiro do virabrequim pode tomar o dia inteiro, pois exige separar câmbio e motor. Após o serviço, mantenha o nível de óleo monitorado por uma semana e verifique o chão onde estaciona. Pequenas gotas residuais podem ser apenas resquícios do óleo antigo; se o vazamento persistir, retorne à oficina.
Reparo | Peça + mão de obra (R$) | Tempo de serviço |
Junta do cárter | 250 – 600 | 2 h |
Tampa de óleo + vedação | 50 – 120 | 30 min |
Retentor do comando | 300 – 800 | 4 h |
Retentor traseiro do virabrequim | 800 – 1 500 | 8 h |
Troca de cárter (alumínio) | 900 – 2 000 | 3 h |
Solda de cárter (aço) | 200 – 450 | 2 h |
Valores coletados em oficinas independentes de São Paulo, Recife e Porto Alegre (2025). Concessionárias aplicam margens até 30% maiores, compensadas por garantia de 1 ano ou 10 000 km. Em carros importados, a peça pode demorar e elevar o orçamento.
Troque óleo e filtro nos prazos do manual ou a cada 10 000 km, o que vier primeiro. Aproveite a troca para inspecionar juntas e retentores. Consulte nosso guia de manutenção preventiva e minimize surpresas.
Prefira lubrificantes que atendam à especificação API ou ACEA indicada pelo fabricante. Juntas paralelas de má qualidade ressecam em poucos meses. Peças genuínas custam mais, mas evitam vazamentos recorrentes.
Ao completar o óleo, limpe a tampa e o entorno antes de abrir para impedir que sujeira caia dentro. Aperte a tampa até sentir resistência. Evite “apertar demais” para não danificar a rosca. Na oficina, confirme o torque do bujão do cárter: força excessiva lamina a rosca e exige nova tampa ou até troca do cárter.
Ignorar um vazamento de óleo é permitir que o motor trabalhe sem proteção, acelere desgaste e consuma mais combustível. Ao menor sinal — óleo vazando do carro na garagem, cheiro de queimado ou luz de pressão acesa — interrompa o uso e busque diagnóstico.
Reparos simples, como trocar juntas ou retentores, custam pouco sintomas de falhas mecânicas e dicas para prolongar a vida útil do motor e da bateria. Cuidar do óleo é cuidar do coração do seu carro — e do seu bolso.
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