Afinal, como funciona um carro elétrico? Confira!

Se antes o carro elétrico era visto como um protótipo futurista, hoje ele está cada vez mais presente no trânsito das cidades brasileiras. 

Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) estima que as vendas desses modelos devem superar 200 mil unidades em 2025. Além disso, entre janeiro e agosto, foram registradas 126.087 emplacamentos em veículos leves eletrificados. 

Essa procura crescente levanta muitas dúvidas: por exemplo, como esses veículos operam? Quanto custa a manutenção? E o que acontece com a bateria quando ela “morre”?

Se você está pensando em fazer essa transição ou apenas quer entender melhor a onda elétrica que toma conta do mercado, preparamos um conteúdo completo. Aproveite!

Afinal, como funciona um carro elétrico?

A primeira coisa que você precisa entender sobre como funciona um carro elétrico (ou BEV – Battery Electric Vehicle) é: ele não é uma versão complexa dos veículos a combustão. Pelo contrário, sua mecânica é surpreendentemente mais simples.

Enquanto um motor a gasolina ou flex usa a queima de combustível para gerar a explosão que move as rodas, um veículo elétrico utiliza um motor elétrico que transforma energia armazenada em eletricidade e, depois, em movimento. 

Para isso acontecer, alguns componentes são essenciais e trabalham em perfeita sintonia. São eles:

• Bateria de tração (lítio);
• Inversor (ou conversor);
• Motor de indução (ou elétrico);
• Sistema de recuperação de energia;
• Bateria de chumbo-ácido. 

Saiba mais detalhes sobre cada um a seguir.

1. A bateria de tração (lítio)

Também chamada de Bateria de Alta Tensão, ela é a protagonista. Geralmente feita de íons de lítio, é responsável por armazenar toda a energia que o veículo precisa para rodar. 

Ela é recarregável e costuma ter uma vida útil longa, com garantias que chegam a 8 anos ou 160 mil quilômetros. 

2. Inversor (ou conversor)

O inversor é o “tradutor” do carro elétrico. A bateria armazena energia em corrente contínua (CC), mas o motor de indução (próximo componente) e a recarga usam corrente alternada (CA). 

O inversor gerencia essa conversão: ao carregar, transforma a CA da tomada ou do posto em CC para ser armazenada na bateria; ao dirigir, transforma a CC da bateria em CA para alimentar o motor.

3. Motor de indução (ou elétrico)

É a peça que efetivamente transforma a energia elétrica em força mecânica. Nos carros elétricos puros, o motor de indução é leve, potente e muito eficiente, recebendo a energia da bateria e a usando para girar as rodas.

4. Sistema de recuperação de energia (frenagem regenerativa)

Um dos grandes segredos da economia do carro elétrico é o sistema de recuperação de energia. Toda vez que você desacelera ou freia, o motor elétrico atua como um gerador, reaproveitando a energia cinética que seria perdida em forma de calor (como acontece nos carros a combustão). 

Essa energia é enviada de volta à bateria, aumentando a autonomia e reduzindo o desgaste dos freios.

5. Bateria de chumbo-ácido

Sim! Mesmo nos carros 100% elétricos, a bateria auxiliar, geralmente de chumbo-ácido (12V), é fundamental. Ela é responsável por fornecer energia para todos os sistemas de baixa tensão do veículo, como faróis, lanternas, travas, vidros elétricos, central multimídia e, principalmente, para acionar os relés e o sistema que “liga” a bateria principal. 

Ou seja, se essa bateria auxiliar falhar, o carro elétrico, apesar de ter a bateria lítio carregada, não dará a partida. 

Por isso, é fundamental optar por uma bateria auxiliar de qualidade e com tecnologia comprovada, como as da Moura, que vão garantir o bom funcionamento do seu carro elétrico. 

Ainda ficou com alguma dúvida sobre o funcionamento desses modelos? Confira nosso vídeo do YouTube e saiba todas as informações.

VÍDEO

Quanto custa e como é a recarga de um carro elétrico?

A verdade é que o processo de carregamento é mais flexível do que você imagina e, geralmente, mais econômico do que encher o tanque de gasolina.

Tipos de carregamento

O abastecimento de um carro elétrico pode ocorrer de três formas principais, que se diferenciam pela velocidade de recarga:

• Carregamento doméstico (lento — nível 1)

É o mais comum para uso diário. Você pode carregar o carro na garagem de casa usando uma tomada convencional (110V ou 220V), através de um cabo portátil que costuma acompanhar o veículo. 

Sua principal vantagem é a conveniência, mas a desvantagem é o tempo de recarga, sendo o mais longo. Uma carga completa pode levar mais de 40 horas em tomadas simples, sendo ideal para recarregar durante a noite ou em longos períodos de inatividade.

• Wallbox (recarga acelerada — nível 2)

O Wallbox é uma estação de recarga instalada em casa, no condomínio ou na empresa. Ele utiliza uma rede elétrica específica e consegue entregar maior potência, resultando em maior velocidade de recarga (média de 6 a 12 horas para carga completa, dependendo do carro). 

O ponto a ser considerado é que essa opção exige a instalação de um ponto de recarga dedicado.

• Postos de recarga ultrarrápida (rápida — nível 3)

São as estações que você encontra em rodovias, shoppings e postos de combustível. Eles usam corrente contínua (DC) e alta potência. 

Sua vantagem é o tempo de recarga ser muito rápido — em muitos casos, você consegue recarregar a bateria de 20% a 80% em 20 a 40 minutos. 

Autonomia e valor de recarga

A autonomia (ou alcance) varia muito, mas os modelos atuais no Brasil oferecem, em média, de 200 km a 500 km por carga completa, dependendo do modelo e das condições de condução.

Sobre o custo: 

• Em casa: o custo é o preço do kWh da sua tarifa de energia. Estudos mostram que o custo para rodar 100 km com um carro elétrico é até 80% menor do que com um carro a combustão;
• Em postos de recarga públicos: os preços são cobrados por kWh e variam conforme o operador. Em geral, o custo por km rodado é significativamente mais baixo do que a gasolina ou o etanol, resultando em uma economia mensal considerável para quem roda bastante.

Carro elétrico tem manutenção mais barata?

Outro ponto que faz muita gente migrar para a eletricidade é a economia na hora de levar o carro para a revisão. 

Como o motor elétrico não usa queima de combustível, ele não precisa de óleo, filtros, velas, correias ou embreagem — o que se traduz em uma economia financeira considerável em relação aos modelos convencionais.

Na prática, a manutenção preventiva de um BEV se resume a:

• Revisão do sistema elétrico: verificar o estado das baterias (principal e auxiliar), inversores e cabos de alta tensão;
• Verificação de itens de desgaste: pneus, alinhamento e balanceamento;
• Freios: Graças ao sistema de frenagem regenerativa, as pastilhas e discos sofrem muito menos desgaste, durando muito mais tempo.

O custo mais alto é, de longe, a bateria de lítio. No entanto, ela raramente precisa ser trocada (apenas em caso de defeito ou degradação após muitos anos de uso). 

Vale a pena comprar um carro elétrico no Brasil?

Além da economia na manutenção e no “abastecimento”, o Governo e os municípios brasileiros têm criado políticas para estimular a compra de BEVs, visando, principalmente, a sustentabilidade e os impactos ambientais positivos proporcionados por esses modelos.

Por exemplo, muitos estados e municípios oferecem isenção total ou redução no valor do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Em São Paulo, há redução de 50% para elétricos; no Rio de Janeiro e Pará, a redução pode chegar a 75%. 

Em nível federal, o Governo lançou o Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), que pretende incentivar a descarbonização e a produção local de veículos mais eficientes, como os elétricos e híbridos. 

Além disso, embora o Imposto de Importação (que estava zerado) tenha sido reintroduzido em 2024, ele está subindo gradualmente até 2026. Isso significa que, por enquanto, ainda há cotas de isenção e taxas reduzidas, que incentivam a aquisição, mas sinalizam a necessidade de o mercado nacional se preparar para a produção local.

Quais os modelos de carros elétricos no Brasil?

A oferta de veículos elétricos no mercado nacional cresce a cada ano, atendendo a todos os gostos e orçamentos. Se você está na busca pelo seu primeiro elétrico, vale a pena conferir alguns dos modelos mais vistos e comentados no Brasil atualmente, divididos por categorias.

Categoria	Modelos populares e de acesso	Modelos premium e de performance
Hatch/Compacto	Renault Zoe, Fiat 500e, Mini Cooper Electric	BMW i3
Sedan/Crossover	BYD Dolphin (e Dolphin Mini), JAC iEV 20	Audi E-Tron, Porsche Taycan
SUV	BYD Yuan Plus, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf	Volvo XC40 Recharge, Jaguar I-Pace

Os preços variam bastante, mas os modelos de entrada têm se tornado mais competitivos, enquanto as marcas de luxo seguem investindo em alta tecnologia e performance.

Em qualquer tipo de carro, poder contar com uma bateria de qualidade e segura é fundamental, e claro, não seria diferente com a bateria auxiliar dos carros elétricos. Pensando nisso, a Moura trabalha com atenção para oferecer as melhores opções do mercado tanto para modelos a combustão, quanto com opções de confiança para as baterias auxiliares dos elétricos.  

Se você precisar de uma bateria de qualidade, conte com o Moura Fácil, nosso serviço de delivery de baterias. Com ele você tem o componente ideal entregue e instalado em até 50 minutos, onde você estiver.