Viscosidade do óleo e a saúde do motor: guia para você escolher o lubrificante certo

Você já parou para pensar na importância da viscosidade do óleo na saúde do seu carro? Essa característica, muitas vezes subestimada, influencia diretamente na performance, proteção e, principalmente, na vida útil do motor. Escolher o óleo correto, com a viscosidade adequada, é uma das medidas essenciais para garantir que seu automóvel funcione de forma eficiente e segura por muito mais tempo.

Para quem se preocupa com a manutenção preventiva ou deseja entender melhor essa relação técnica, mas de forma prática, este conteúdo apresenta uma abordagem completa sobre o tema, com dicas valiosas que facilitam a escolha do lubrificante ideal.

Acompanhe!

O que é a viscosidade do óleo do motor?

A viscosidade é a principal propriedade do óleo lubrificante. Em termos simples, ela representa a resistência do fluido ao escoamento. Pense no mel em comparação com a água: o mel tem alta viscosidade (escoa lentamente), enquanto a água tem baixa viscosidade (escoa rapidamente).

No motor do carro, a viscosidade precisa ser ideal para duas tarefas cruciais:

• Proteção: ser espessa o suficiente para formar uma película protetora entre as peças móveis (virabrequim, pistões, eixos), impedindo o contato metal-metal e, consequentemente, o desgaste;

• Fluidez: ser fluida o suficiente para circular rapidamente e chegar a todos os cantos do motor no momento da partida (principalmente a frio), garantindo a lubrificação imediata e o resfriamento.

Classificação da viscosidade: monoviscoso vs. multiviscoso

Antigamente, usava-se o óleo monoviscoso, cuja viscosidade era constante e ideal apenas para uma faixa estreita de temperatura. Hoje, a maioria dos veículos utiliza o óleo multiviscoso, que é muito mais eficiente.

A tabela a seguir apresenta as principais características e diferenças entre os dois.

Tipo de óleo	Característica principal	Aplicação
Monoviscoso	Viscosidade fixa.	Motores antigos. Raramente usado em carros de passeio modernos, sendo restrito a equipamentos industriais ou motores específicos de serviço (Ex: compressores, alguns motores de popa).
Multiviscoso	Viscosidade se altera com a temperatura (fica mais fino quando quente e mais grosso quando frio)	Motores modernos, Flex, Diesel de última geração e a vasta maioria dos veículos de passeio atuais.

O que significam as siglas SAE, API e ACEA?

As embalagens de óleo vêm cheias de siglas que, à primeira vista, parecem um mistério. Conhecer seus significados é essencial para conferir se o lubrificante que você está comprando é, de fato, o ideal para seu motor.

1. SAE (Society of Automotive Engineers)

O código SAE é o mais importante e indica a viscosidade do óleo em diferentes temperaturas. O código é sempre apresentado em duas partes — 5W-30, por exemplo.

O número antes do “W” (Winter) representa a viscosidade em baixas temperaturas. Quanto menor este número (0W, 5W, 10W), mais fluido será o óleo na partida. Isso é ótimo para a partida a frio, pois o óleo chega mais rápido nas peças críticas.

O número após o hífen, por outro lado, indica a viscosidade em altas temperaturas, ou seja, quando o motor está em pleno funcionamento. Quanto maior este número (30, 40, 50), mais espesso (viscoso) o óleo se mantém sob calor.

Exemplo de leitura: Um óleo 5W-30 é menos viscoso quando quente do que um 10W-40, o que pode significar menor atrito e maior economia de combustível, mas exige um motor projetado para suportar essa menor proteção em alta temperatura.

2. API (American Petroleum Institute)

O selo API avalia a qualidade e a densidade do óleo, certificando que ele atende aos padrões de desempenho.

• Motores a gasolina/etanol/flex: a classificação começa com a letra S (Service), seguida de outra letra que indica o nível de desempenho (ex: SN, SP). A ordem é alfabética; logo, um óleo SP tem um nível de tecnologia e proteção superior a um SN.
• Motores diesel: a classificação começa com a letra C (Commercial).

3. ACEA (European Automobile Manufacturers Association)

Este selo é crucial para veículos de origem europeia. Ele complementa o API, indicando o desempenho em categorias específicas (ex: A/B para gasolina/diesel e C para low-SAPS ou baixo teor de cinzas, exigidos em carros com filtro de partículas, o DPF).

Como escolher o óleo ideal para o meu carro?

Para garantir uma ótima proteção, é essencial seguir alguns critérios na hora de selecionar o lubrificante. Os principais são:

• Manual do veículo;
• Tipos de óleo disponíveis baseados na produção.

Saiba como cada um pode impactar na sua decisão.

Manual do veículo é a Lei

A regra de ouro é inegociável: sempre consulte o manual do fabricante. Nele, estão especificadas as recomendações exatas de viscosidade (SAE), nível de desempenho (API/ACEA) e o tipo de óleo compatível com seu carro.

Por que isso é tão importante? Motores modernos são projetados com folgas internas mínimas, e usar um óleo mais grosso que o recomendado (por exemplo, usar 20W-50 onde o manual pede 5W-30) pode causar problemas, como:

• Maior atrito interno;
• Maior consumo de combustível;
• Dificuldade de lubrificação na partida;
• Falha em componentes como tuchos hidráulicos ou VVT (comando de válvulas variável).

A forma mais fácil de acertar: Moura Lubel!

Embora o manual seja a lei, a forma mais prática e rápida de encontrar o lubrificante perfeito é usando a nossa ferramenta Moura Lubel.

Chega de complicação! Basta acessar a página do Moura Lubel, escolher o modelo e o ano do seu veículo, e a funcionalidade aponta instantaneamente qual é o óleo ideal em viscosidade (SAE), classificação (API) e tipo. É a tecnologia Moura a serviço da sua manutenção!

Tipos de óleos

Os lubrificantes são classificados pela sua base de produção, o que afeta diretamente sua estabilidade, durabilidade e custo.

Tipo de óleo	Composição	Vantagens	Intervalo de troca (média)
Mineral	Petróleo bruto refinado.	Custo mais baixo.	5.000 a 8.000 km
Semissintético	Mistura de mineral e sintético.	Custo intermediário, melhor resistência à oxidação.	7.000 a 10.000 km
Sintético	Base química elaborada em laboratório.	Maior proteção, durabilidade e estabilidade térmica. Ideal para alta performance.	10.000 a 15.000 km (ou mais)

É válido comentar que a tendência de motores de alta tecnologia (turbinados e com downsizing) exige, quase sempre, um óleo 100% sintético de baixa viscosidade (como 0W-20 ou 5W-30) para garantir máxima proteção e eficiência.

Porém, é sempre fundamental consultar o manual para confirmação.

Por que a baixa viscosidade é relevante hoje?

A evolução dos motores automotivos, que hoje são menores, mais potentes e trabalham em temperaturas mais elevadas, impulsionou a necessidade de óleos de baixa viscosidade (como 0W-20 e 5W-30).

Esses óleos mais finos são essenciais para:

• Economia de combustível: reduzem o arrasto e o atrito interno do motor, o que se traduz em menor esforço e, consequentemente, menor consumo de gasolina ou etanol;
• Motores Downsizing: atendem às exigências de motores modernos (turbinados e de injeção direta) que precisam de lubrificação ultra-rápida na partida;
• Meio ambiente: contribuem para a redução de emissões de poluentes, pois facilitam o funcionamento de sistemas de pós-tratamento de gases de escape.

Escolher a viscosidade correta é um ato de otimização de performance e de economia a longo prazo.

Procedência e a qualidade do óleo de motor importam?

Você pode ter o código SAE correto, mas se o óleo for de procedência duvidosa ou falsificado, o motor corre sérios riscos.

Usar óleo de baixa qualidade ou que não atende às especificações técnicas pode colocar seu motor em risco, causando:

• Desgaste prematuro, já que película protetora pode não se formar adequadamente, resultando em atrito metal-metal;
• Formação de borra, pois o óleo perde suas propriedades de limpeza e se degrada rapidamente, formando depósitos que entopem as galerias de lubrificação e levam à falha total;
• Superaquecimento, uma vez que a perda das propriedades de arrefecimento do óleo aumenta a temperatura de trabalho das peças.

Opte por marcas confiáveis, como a Moura com sua linha de lubrificantes Moura Lubel, reconhecida pela tecnologia avançada, qualidade e compatibilidade com diferentes modelos de veículos. Investir em um lubrificante de qualidade é sempre mais barato do que pagar por um motor fundido!

5 dicas para manutenção e a conexão com a bateria

A manutenção do motor é um conjunto de cuidados que envolve desde o lubrificante até o sistema elétrico. Por isso, você deve:

• Fazer trocas de óleo periodicamente, seguindo rigorosamente o intervalo recomendado no manual do seu carro (em quilometragem ou tempo) o checklist de manutenção preventiva;
• Nunca trocar o óleo sem substituir, também, o filtro. O filtro antigo retém impurezas que contaminarão o óleo novo imediatamente;
• Usar filtros de boa procedência, pois eles garantem a retenção eficiente dos contaminantes;
• Criar o hábito de verificar o nível do óleo a cada abastecimento ou a cada 1.000 km.

Lembre-se: o óleo lubrifica o motor, mas o motor (via alternador) carrega a bateria e mantém o sistema elétrico. Se você tem um motor bem cuidado com o óleo certo, ele trabalha com menos esforço e otimiza o funcionamento de todos os componentes, incluindo a bateria Moura do seu carro.

Assim como a escolha correta do óleo protege seu motor, escolher a bateria certa garante que seu sistema elétrico esteja sempre operando com máxima eficiência.

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