Seguro de moto: cobertura, preço e dicas para escolher

Roubo, furto e colisões com perda total podem preocupar qualquer motociclista. Só em 2024 o número de motos roubadas subiu 8 % em São Paulo e fez o Brasil atingir um crescimento de 22 % nas ocorrências em relação a 2019 – 2023. 

Quando a estatística bate à porta, o seguro vira o caminho mais curto para não transformar a paixão sobre duas rodas em prejuízo. 

Neste guia você entenderá como o seguro de moto funciona, quais coberturas realmente importam, quanto custa proteger cada cilindrada e o que fazer para economizar, sem esquecer da manutenção da bateria — protagonista silenciosa para evitar panes na estrada.

O que é seguro de moto e como ele funciona?

O seguro de moto é um contrato (apólice) pelo qual a seguradora assume riscos financeiros ligados a roubo, colisão, dano a terceiros ou pane, em troca de um prêmio anual (ou mensal) pago pelo proprietário. 

Motos pagam mais que carros porque o índice de sinistralidade é bem maior: peças são fáceis de revender, a exposição a quedas é grande e a recuperação após roubo nem sempre passa de 50 %.

Essa conta de risco explica por que o seguro de moto é tão caro em relação ao valor do veículo.

Apólice e partes envolvidas

• Seguradora – empresa regulada pela Susep que assume o sinistro.
• Corretor – intermediário habilitado que explica condições e emite proposta.
• Segurado – proprietário ou condutor principal da moto.
• Sinistrado – pessoa que sofreu dano (pode ser o próprio segurado ou terceiro). 

Principais coberturas

• Furto/roubo: reembolsa a Tabela Fipe (ou valor contratado) caso a moto não seja recuperada.
• Colisão: paga reparo ou indenização integral se o dano ultrapassar 75 % do valor do bem.
• Responsabilidade civil facultativa (RC F): cobre danos materiais e corporais a terceiros.
• Acidentes pessoais de passageiros (APP): indeniza garupa em caso de invalidez ou morte.
• Assistência 24 h: guincho, pane seca e até socorro mecânico para bateria descarregada.

Quanto custa um seguro de moto?

Fatores que impactam o preço

1. Idade e experiência do condutor. Motoristas abaixo de 25 anos pagam mais.
2. Modelo e cilindrada. Motos esportivas e de alto valor têm prêmio maior.
3. CEP de pernoite. Regiões com alto índice de roubo encarecem a apólice.
4. Perfil de uso. Trabalho diário versus lazer de fim de semana.
5. Franquia escolhida. Quanto maior a franquia, menor o prêmio.
6. Histórico de sinistros. Bônus por renovação sem sinistro reduz até 30 %.

Prêmio anual × valor mensal

Em quase todas as seguradoras o prêmio é definido em bases anuais, mas você escolhe se quer pagar à vista (com desconto) ou parcelado em 6 a 12 vezes. Pagamento mensal facilita o fluxo de caixa, porém sai até 10 % mais caro por causa das taxas administrativas.

O seguro de moto, portanto, é “pago por ano” no contrato, mas pode ser dividido em parcelas mensais.

Exemplos de valores por cilindrada*

Cilindrada / Modelo	Prêmio anual (R$)	Equivalente mensal (R$)
125 cc (Honda Biz 125)	950 – 1.900	80 – 160
160 cc (Honda CG 160 Start)	1.200 – 2.300	100 – 190
300 cc (CB 300F Twister)	1.850 – 3.200	155 – 265
650 cc (CB 650R)	4.100 – 7.500	340 – 625

*Cotações médias 2025 para perfil masculino, 30 anos, uso urbano, SP capital.

Como escolher o seguro de moto ideal

1. Defina o nível de cobertura. Se a moto dorme na rua ou roda em áreas de risco, contratar apenas furto/roubo pode ser insuficiente — colisões custam caro. Em trajetos curtos e sem garupa diária, RC F menor já reduz o prêmio.
2. Verifique a reputação da seguradora. Consulte índices de reclamações na Susep e no Reclame Aqui; observe prazo médio de indenização.
3. Ajuste franquia e coberturas adicionais. Uma franquia 30 % maior costuma derrubar o preço em até 15 %. Avalie se vale a pena pagar esse extra só em caso de perda parcial.
4. Negocie formas de pagamento. À vista pode render 5 % a 10 % de desconto. Algumas seguradoras parcelam em 10 vezes sem juros.
5. Mantenha a bateria da moto em dia. Pane elétrica é um dos chamados mais comuns de guincho. Carregamento incompleto ou bateria vencida deixam você na mão e ainda podem atrapalhar o processo de indenização se ficar caracterizada falta de manutenção. Uma bateria Moura correta evita esse transtorno e garante partida mesmo após longos períodos de inatividade. 

Dicas para economizar no seguro de moto

Instale dispositivos de segurança. Rastreadores e alarmes homologados podem diminuir o prêmio em até 20 %.

Faça curso de pilotagem defensiva. Clientes de seguradoras como a Porto Seguro recebem desconto ou bônus de renovação ao concluir o treinamento.

Agrupe produtos. Muitas seguradoras reduzem preço ao fechar combo com seguro residencial ou de automóvel.

Use estacionamento fechado. Informar pernoite em garagem travada derruba a taxa de risco.

Renove sem atraso. Manter a mesma seguradora e acumular bônus é a forma mais simples de pagar menos todo ano.

Perguntas frequentes sobre seguro de moto

Qual o valor médio do seguro de moto?
Em média, entre R$ 1.200 e R$ 2.000 por ano para motos até 160 cc em grandes capitais, podendo chegar a R$ 7.500 em modelos de alta cilindrada.

Quanto custa o seguro de uma moto 160 por mês?
Considerando prêmio anual de R$ 1.200 a R$ 2.300, o valor mensal parcelado vai de R$ 100 a R$ 190.

Quais são as motos com o seguro mais barato?
Pop 110i, Biz 125 e CG 160 Start lideram o ranking de baixo custo, com prêmios mínimos abaixo de R$ 1.000 ao ano graças à manutenção simples e baixa potência.

Qual é o melhor seguro para moto?
O melhor é o que equilibra preço, cobertura e reputação. Porto Seguro, Allianz e Suhai têm alto índice de satisfação; compare cotações antes de decidir.

O que não está coberto pela apólice padrão?
Acessórios não originais, desgaste natural, uso em competição e danos causados por enchentes normalmente exigem coberturas adicionais ou ficam fora do contrato.

Proteja sua moto sem estourar o orçamento

Ao entender como funcionam as coberturas, o que pesa no cálculo do prêmio e quais atalhos reduzem custo, você ganha poder de negociação e roda mais tranquilo. 

Complemente a estratégia cuidando da manutenção preventiva — especialmente da bateria, que alimenta farol, injeção eletrônica e sistemas de alarme. Falhas nela viram panes e podem anular coberturas de assistência.

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