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Moto usada: dicas para comprar e para manutenção

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Moto usada: dicas para comprar e para manutenção

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Comprar uma moto de segunda mão continua sendo o atalho favorito para entrar no mundo das duas rodas gastando pouco: enquanto uma 0 km sofre desvalorização forte nos primeiros doze meses, modelos com cinco a dez anos já perderam essa “gordura” e custam menos da metade do preço original. 

Segundo balanço recente da Fenauto, mais de 15 milhões de veículos usados trocaram de mãos em 2024; boa parte desse volume foi de motocicletas, que mantêm liquidez mesmo em épocas de crédito apertado.

Neste guia você confere, passo a passo, como escolher a moto certa, quais pontos técnicos exigem lupa, que modelos cabem nos R$ 8 000 de orçamento e como a bateria, peça muitas vezes ignorada, decide se o passeio vai começar ou terminar antes da hora.

Passo 1 – Defina o que você precisa

Antes de abrir os classificados, pare dois minutos e responda: a moto servirá para trabalho diário, viagens curtas em estrada, trilhas de fim de semana ou tudo isso junto? Quem roda só na cidade se dá bem com utilitárias de baixa cilindrada; já para encarar estradas de terra leves, uma trail com curso maior de suspensão faz diferença. 

Se o teto financeiro é fixo em oito mil reais, filtre o ano de fabricação entre 2009 e 2018, faixa em que ainda se encontram peças de reposição com facilidade.

Passo 2 – Pesquise preços de mercado

A Tabela Fipe continua sendo referência básica e gratuita. Hoje, uma Honda Pop 110i 2017 aparece por R$ 8 613, enquanto a versão 2019 já passa dos nove mil. 

Compare esses valores com anúncios em OLX, Webmotors e grupos locais de Facebook; diferenças acima de 20 % para mais ou para menos costumam indicar exagero do vendedor ou problemas escondidos. Lembre-se de que frete, transferência e eventuais multas elevam o custo final.

Passo 3 – Faça a triagem dos anúncios

Prefira motos com quilometragem condizente com o uso – algo entre 3 000 e 5 000 km por ano é razoável para rodar todo dia. 

Ex-proprietário único, notas de revisão carimbadas e manual ainda no plástico contam pontos, mas a ausência desses itens não é sentença de descarte. Desconfie, porém, de fotos mal­­-iluminadas, descrição vaga e preços incongruentemente baixos; nesses casos, peça número do chassi e consulte restrições no Detran antes mesmo de sair de casa.

Passo 4 – Inspeção visual obrigatória

Chegou a hora de olhar a moto ao vivo. Comece pelo chassi, procurando marcas de solda fresca ou pintura mais brilhante em certas áreas – sinal de conserto após queda forte. Ferrugem no quadro, rodas amassadas ou escapamento muito oxidado denunciam uso em ambientes úmidos sem a manutenção correta. 

Ajoelhe-se e verifique se há óleo escorrendo próximo à junta do cárter, tampa de válvulas ou bengalas da suspensão dianteira; pequenas “sudoreses” já indicam troca de retentores. Nos pneus, prefira sulcos com no mínimo 2 mm de profundidade uniforme. 

Aproveite para puxar a corrente: se ela cede demais ou está seca e enferrujada, o dono provavelmente economizou também em outros cuidados.

Passo 5 – Itens elétricos e bateria em foco

Muita moto “não liga” no anúncio porque ficou semanas parada, mas a causa pode variar de borne oxidado a placa retificadora queimada. 

Comece examinando a etiqueta da bateria: se a data de fabricação tem mais de três anos ou está ilegível, programe a troca. Medir a tensão em repouso – deve marcar algo próximo de 12,6 V – ajuda a revelar sulcos de sulfato nas placas internas. 

Cabos frouxos, isolação ressecada ou terminais esbranquiçados merecem limpeza imediata. Por fim, peça ao vendedor que dê partida com o motor frio; se o arranque girar lento ou o painel apagar, inclua uma bateria nova no cálculo.

Passo 6 – Teste de rodagem

Com a moto aquecida, engrene todas as marchas em baixa rotação; trancos, dificuldade de encontrar o ponto-morto ou pedal duro demais entregam embreagem cansada. Ao frear, a frente não deve afundar em excesso nem puxar para um lado. 

Ouça o som do motor: estalos metálicos ritmados indicam folga nas válvulas; assobios ao soltar o acelerador podem vir de rolamentos de roda. Suspensão traseira que oscila mais de uma vez depois de passar por um buraco sugere amortecedor gasto.

Passo 7 – Documentos e histórico

Para fechar negócio, duplique a conferência: DUT assinado, licenciamento quitado, IPVA em dia e, preferencialmente, laudo cautelar recente. Dívidas ocultas viram responsabilidade do comprador. Também peça o Renavam para consultar histórico de sinistros e bloqueios judiciais; cinco minutos de pesquisa evitam meses de aborrecimento.

Melhores motos usadas até R$ 8 000

Dentro do orçamento, alguns modelos se destacam pelo equilíbrio entre custo de compra, manutenção barata e facilidade de revenda. A Honda CG 150 2012/2013 ainda carrega fama de tanque inquebrável e encontra peças em qualquer esquina; versões de trabalho bem cuidadas aparecem entre 7 000 e 8 000 reais.

A Yamaha Factor 125 2014 costuma oferecer partida elétrica, painel moderno e consumo abaixo de 40 km/l; revisão anual cabe no bolso. Quem precisa de meia-trilha pode olhar a Honda XRE 190 2010-2011, que une posição elevada a suspensões mais longas, embora seja vital checar trincas nos suportes do quadro. Para máxima economia, a Honda Pop 110i 2017-2018 entregue por cerca de 8 500 reais consome etanol como um ciclomotor e paga seguro barato. 

Já a Suzuki Yes 125 2013, às vezes lembrada só por mecânicos nostálgicos, oferece conforto de banco largo e quadro em aço robusto, custando menos que as rivais japonesas de mesma idade.

Dicas extras para pagar menos

Comprar à vista ainda é o argumento mais convincente para arrancar mil reais ou mais do preço anunciado. 

Se mora fora de capitais, expanda a busca: muitas concessionárias do interior giram estoque devagar e aceitam propostas agressivas perto das datas de inventário. 

Leilões podem esconder oportunidades, mas só entre se o lote tiver laudo estrutural completo e fotos de alta resolução.

Manutenção indispensável depois da compra

A primeira hora na oficina deve incluir troca de óleo, filtro e vela, além da sangria do fluido de freio, item negligenciado pela maioria dos donos anteriores. Aproveite para conferir folga de válvulas e tensionamento da corrente, evitando retífica prematura.

Se o multímetro mostrar tensão abaixo de 12,4 V depois da recarga ou o teste de queda de tensão no arranque exceder 0,5 V, não hesite: instale uma bateria Moura nova e zere a chance de ficar parado no semáforo.

Perguntas frequentes

Quais são as melhores motos usadas até R$ 5 000?

Modelos utilitários antigos, como Honda Biz 100 2011 e Yamaha YBR 125 2009, ainda oferecem robustez, peças baratas e seguro baixo; basta aceitar quilometragem alta e estética mais cansada.

Que moto dá para comprar com R$ 8 000?

CG 150 2012-13, Factor 125 2014, Pop 110i 2017 e algumas XRE 190 2010 aparecem com frequência nessa faixa, desde que a manutenção esteja em dia e a quilometragem não ultrapasse 60 000 km.

Quais cuidados elétricos preciso ter em trilha?

Vedações de chicote e conectores precisam de vaselina dielétrica; borne frouxo faz a moto apagar no meio do mato. Bateria AGM sela melhor contra vibração e suporta inclinações sem vazamento.

Quando trocar a bateria depois da compra?

Se a etiqueta mostra mais de três anos ou a voltagem cai abaixo de 12 V após uma noite parada, troque imediatamente. Baterias novas mantêm a carga por 24 h acima de 12,6 V mesmo sem uso.

Compre bem, rode tranquilo

Comprar uma moto usada exige método: pesquisar preço real, olhar parafusos com calma, testar na rua e checar documentos. Seguir esse roteiro reduz o risco de surpresas caras e ainda deixa dinheiro sobrando para trocar óleo, pneus e, se necessário, a bateria – peça que decide se a aventura começa com sorriso ou empurrão.

Gostou do conteúdo? Continue no blog Moura para explorar ainda mais o universo de duas rodas!


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